O que é o Coolhunting e como as empresas se utilizam dessa prática para se manterem ativas. Nós bem sabemos que nada surge do além. Para que as grandes grifes e marcas criem peças, apostem em cores diferentes e tenham ideias inovadoras, há muito estudo por trás. O estudo de perceber e antecipar tudo que o consumidor pensa e faz: o coolhunting.
Como o nome já diz, o coolhunting se propõe à caçar o que é cool – ou seja, as novas tendências e aquilo que apostam virar febre entre os consumidores. Desde um desfile em uma passarela até um assunto que pode ser ouvido em qualquer canto de restaurante, é papel desse profissional perceber e mapear tudo que escuta e vê; para que possa assim, estudar e antecipar novas tendências.
O coolhunter portanto, se desprende de uma pesquisa de mercado comum e migra para um âmbito de pesquisa comportamental da sociedade.
Embora ela seja embasada com dados científicos, o profissional precisa ter a sensibilidade e a percepção de se identificar e inserir em diversos momentos sociais para que possa extrair pequenas frases e maneiras de lidar com situações diversas.
Para tal, se torna muito importante ter uma base de conhecimentos prévios ampla e concisa. Quanto mais você conhece o que veio antes, mais conseguirá prever o que virá a seguir.
A WGSN é uma das maiores empresas desse segmento atualmente. Ela conta com mais de 250 especialistas em previsão de tendências e cientistas de dados no mundo todo; atendendo mais de 6.500 empresas com seus serviços. Sua missão é estar sempre um passo à frente e fazer com que seus clientes também estejam ao disponibilizarem tendências com até dois anos de antecedência.
Diversas marcas utilizam esses serviços para lançarem novos produtos e coleções no mercado, combinando tecnologia, informação e percepções sobre o cotidiano que elevam seus conhecimentos de marca.
De acordo com a Diretora de Design da FILA, “Fazer design sem a WGSN é como ser um cirurgião sem a melhor tecnologia e os melhores remédios, por que você faria isso?”.
Conversamos com Mariana Santiloni, a Expert da América Latina na WGSN e de acordo com ela o processo de identificação de uma tendência começa extremamente analítico, “olhamos produtos, estoques, vendas, para identificar diferenças em relação às temporadas anteriores” – conta Mariana. Isso porque identificar tendências vem da análise de recorrência de padrões, logo, é importante que seja feita uma análise extremamente crítica sobre o que já existe, para que possam então projetar o amanhã. Após esse estudo vem então um trabalho enorme de pesquisa, acompanhando arte, cultura, comportamento do consumo, hobbies, varejo etc. Juntando essas duas etapas, são feitas as previsões e identificadas as macrotendências, que mostram como as pessoas viverão suas vidas nos próximos anos, e, consequentemente, como se irão se vestir.
Mariana nos dá também uma dica sobre o que vem no inverno de 2020: “Aposte nas peças clássicas, o público quer produtos duráveis e que funcionem em qualquer temporada. Destaque para blusas de gola laço e gola transpassada. Acessório de cabelo ganham destaque e a cor neo-mint promete ser o novo rosa millennial.”
É importante então que as empresas estejam sempre antenadas ao que virá a seguir; “todas as empresas precisam estar preparadas para futuros comportamentos e desejos do consumidor. A chave para o sucesso é a empresa, além de estar preparada para isso, saber em qual momento apostar em cada tendência.”
Ótima agência