O empreendedorismo feminino pode ser considerado qualquer ação empreendedora que é realizada especialmente por mulheres. Não é apenas uma variação do empreendedorismo geral, mas sim um instrumento de importante transformação. Mais significativo do que o lucro, o empreendedorismo feminino empodera e da maior visibilidade para tratar questões de gênero, oferecendo uma nova perspectiva de vida para quem realmente precisa.
Portanto, qualquer tipo de produção, seja ela feita para ser vendida no bairro ou em larga escala, é uma forma de empreendedorismo.
Muitas mulheres, por meio do empreendedorismo feminino, encontram formas de se sustentar, de ganhar espaço na sociedade, de fazer a diferença em sua família ou comunidade.
O movimento é tão importante porque ele liberta.
Estudos mostram que, muito além do lucro, mulheres empreendedoras fazem isso por satisfação pessoal.
Apesar dos avanços que tivemos em relação à conquista de espaço feminino no mercado, ainda existem muitas dificuldades e desafios que impedem um crescimento ainda maior. O principal deles é o preconceito. Existe uma parte da sociedade conservadora que ainda acredita que a mulher foi feita exclusivamente para cuidar da família e da casa, não sendo apta para realizar nenhuma outra tarefa.
Por conta disso, a mulher ainda precisa se provar, mostrando que seu lugar é onde ela quiser e que as características biológicas não impedem ou definem suas competências e capacidades.
É importante que uma mulher que decida empreender tenha sempre o apoio das outras que já seguiram esse percurso. Todas merecem ser exaltadas.
Hoje trazemos quatro modelos agenciados da Vogue que, além de modelar, tem o seu próprio negócio.
Thayná Moraes tem 20 anos, é modelo e cursa Direito, duas de suas paixões desde a adolescência. Além disso, é dona de uma pizzaria junto de seus pais.
O empreendimento da pizzaria começou de repente. Durante 15 anos seu pai teve uma loja de auto peças. Houve um momento em que o lucro estagnou e foi aí que surgiu a ideia de abrir outra coisa.
Em meio a ideias, perceberam que, além de pedir pizza toda a semana, o pai de Thayná gostava de cozinhar e inovar. Resolveram então, que abririam uma pizzaria que seria tocada por toda a família.
No início, é claro, houve receio, mas depois do primeiro passo dado e do curso que Thayná e seu irmão fizeram, eles decidiram apoiar e participar da nova empreitada da família.
Após a abertura da empresa, as tarefas foram divididas. A parte administrativa ficou com ela e sua mãe e a parte da mão de obra com seu pai e seu irmão.
As dificuldades existem, já que o empreendimento é recente. Em junho de 2020 completam 2 anos. Existem semanas de vendas baixas, mas também tem semanas de muitas vendas.
Há problemas na hora da divulgação, já alcançaram muitas pessoas, mas a vontade é de atingir muito mais, sempre procurando a melhoria e inovando.
Thayná descobriu que é muito importante ter seu próprio negócio por conta de liberdade de inovação e da independência. Isso obriga a ter maturidade e sabedoria para gerenciar uma empresa, entretanto a realização pessoal é o mais importante.
Ao mesmo tempo que é desgastante, é também muito gratificante, pois é uma grande oportunidade de crescer e amadurecer.
O grande sonho de Thayná é que o seu empreendimento, a pizzaria, cresça a ponto de ter várias filiais e ser reconhecida por todos os cantos do Brasil. Como modelo, ela quer ser reconhecida mundialmente, participando de desfiles conhecidos como o SPFW e o Victoria’s Secret Fashion Show. Sem se esquecer da carreira no Direito, onde ela quer ser uma tributarista de sucesso e, em alguns anos, ter o próprio escritório.
Clara Dutra é a mais novinha entre as entrevistadas. Com apenas 10 anos, começou a fazer sabonetes e vendê-los. Seus principais hobbies são dançar, gravar vídeos, tirar fotos e fazer sabonetes e esfoliantes.
A ideia de empreender começou quando sua mãe à levou até uma loja que vendia tudo para a criação de sabonetes, cremes, esfoliantes. Instantaneamente, Clara se apaixonou! Pelas cores, cheiros, formatos e opções que tinham naquele lugar. Ela resolveu então que começaria a fazer e vender sabonetes para poder comprar suas próprias coisas.
Clara conta que ainda é muito difícil precificar os seus produtos e as pessoas não entendem o valor, acham tudo muito caro, mas o valor é alto por ser artesanal.
Há 11 meses ela deu início a essa empreitada e, desde então, vem dando certo. O motivo inicial era ganhar um dinheiro extra, mas agora Clara precisa se desdobrar entre empreendedora e modelo.
”É bem corrido porque as vezes tenho encomenda e testes para fazer no mesmo dia”, conta Clara.
Além de tudo o que já fez, mesmo com pouca idade, Clara ainda sonha em ser modelo, atriz e ter uma loja de sabonetes.
Ana Carolina Baim tem 18 anos e cursa Biomedicina. Seus maiores prazeres na vida são viajar e aproveitar a vida ao lado de quem ama.
O empreendimento começou quando sua mãe terminou a faculdade e as duas sentiram vontade de unir o útil ao agradável, já que uma trabalhava com estética e a outra com podologia.
Em fevereiro de 2020, fez um ano que a empresa nasceu.
O maior interesse em empreender é a liberdade, podendo fazer o que gosta com excelência, empregar outras pessoas e trocar experiências.
Conciliar a vida de modelo e empreendedora não é das tarefas mais fáceis por conta da disponibilidade, mas Ana mantém a alegria e conta que o importante é a gratificação em estar fazendo duas coisas que gosta tanto.
Seu grande sonho é ser uma pessoa realizada profissionalmente e pessoalmente, sendo reconhecida pelo que faz e pela qualidade de seu trabalho.
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